A senplo™ sempre se questionou sobre a moda brasileira e os produtos de lifestyle nacionais disponíveis.

Depois de muito estudo e levantamento de mercado, ficou claro a necessidade de romper com alguns paradigmas. Um deles é em relação à identidade da moda brasileira.

Se você já leu alguns dos artigos deste espaço, já deve ter entendido que somos uma marca que deseja quebrar o status quo em diferentes níveis.

Afinal, é clara a necessidade de propor uma nova moda funcional que se adeque ao estilo de vida brasileiro, aliando elegância, versatilidade e conforto.

E isso vai muito mais além de se apropriar de tendências internacionais e ressignificá-las para nossa região.

É necessário, acima de tudo, entender a nossa cultura e realidade e, assim, buscar soluções que tragam equilíbrio e harmonia entre a funcionalidade e estética.

Mas infelizmente, quando se analisa a identidade de moda brasileira fica claro o vício em certos signos visuais e o uso indiscriminado de alguns elementos, como cores, estampas e temáticas.

Esse fator se deve à inúmeras marcas brasileiras se apropriarem de alguns códigos e exibi-los internacionalmente.

Algumas vezes para dar uma aparência tropical ao traje, outras para marcar uma atmosfera de brasilidade.

Por isso, a moda muitas vezes fica atrelada apenas ao lifestyle carioca, carnaval ou estampas tropicais.

Indo na contramão deste contexto, a senplo™ firma-se como uma marca que está propondo um novo DNA para a moda masculina brasileira.

Neste artigo iremos te mostrar o porquê desta proposta e o quanto ela se faz necessária atualmente.

Brasil é conhecido internacionalmente entre outras coisas pelas suas belas praias, pela Amazônia, seu samba e o carnaval.

Alguns desses elementos foram apropriados por algumas empresas e marcas para se afirmar enquanto produtos genuinamente brasileiros.

De fácil assimilação lá fora, esses signos se repetem a exaustão e acabam por limitar a brasilidade a certos estereótipos. Do mesmo modo, a moda brasileira não escapa dessa tendência.

Principalmente, a partir dos anos 1990, produtores brasileiros de alta moda e de bens de consumo, começaram a ganhar prestígio e espaço no mercado internacional.

Jovens estilistas brasileiros passaram a vender suas criações em lojas multimarca e a desfilar coleções nas semanas de moda americanas e européias.

Com objetivo de criar uma autenticidade brasileira e valorizar uma cultura popular, as coleções de moda passaram a estampar e referenciar à flora e à fauna, o patrimônio histórico, paisagens turísticas, entre outros.

Utilizavam, então, estampas, padrões e cores que remetesse a estes aspectos.

Internacionalmente, a moda nacional costuma ser apreciada pelo seu exotismo e descrita pela imprensa e consumidores, como apimentada, cromática quente, em cores e traços que remetem às areias de Copacabana, e aos ritmos, como o samba, e danças como a capoeira.

Tudo isso levou a criação de uma imagem distorcida e superficial do que seria uma “moda brasileira”.

Estampas Tropicais e Cores Vivas Refletem mesmo o tropicalismo?
É fácil entregar algo simples como uma estampa ou cores vivas e dizer que isto é tropical.

Mas, se pararmos para avaliar, fica claro que criar uma roupa com uma estampa floral e fabricá-la em um tecido sintético é algo antagônico, nada “tropical”.

Assim, quando refletimos notamos que para um design ser de fato tropical ele precisa, antes de mais nada, dar atenção a construção da roupa, aos tecidos utilizados e outras características que agregam funcionalidade.

O tropicalismo tem a ver com uma roupa que seja confortável e prática para o dia a dia.

Não faz sentido vender o visual do tropicalismo das plantas, mas na funcionalidade ser uma vestimenta anti tropical.

Não há lógica nenhuma em criar um produto que remete a natureza e praias brasileiras, mas que por outro lado não te deixa transpirar, não te deixa livre e não te traz a sensação de bem estar que essas atmosferas contemplam.

O mesmo se dá com as estampas. Vivemos em um país tropical que possui uma natureza exuberante em seu entorno.

Logo, ao utilizar peças estampas o usuário se camufla com o ambiente. O ideal, em respeito e apreciação a beleza da natureza, é deixar que somente as cores e padronagens dela chamem atenção.