Introdução

Ainda hoje é comum encontrar pessoas com o pensamento de que para consumir moda é preciso exibir enormes logotipos de marcas ditas “consagradas”.

Muitos o fazem para se inserir em um determinado grupo social ou até mesmo para demonstrar os valores que apoiam (mesmo que inconscientemente).

O fato é que os tempos mudaram, tanto a sociedade quanto o mundo da moda vem se transformando.

Porém, poucas marcas atualmente tem realmente prestado a atenção nessas mudanças culturais e sociais.

Portanto, neste artigo propomos uma reflexão sobre o consumo de moda contemporâneo e te mostramos que utilizar marcas somente pelo status que o logotipo carrega já não faz mais sentido.

A logomania na Moda

ara uma empresa, no caso da moda, uma grife, a marca é a representação de seu universo, expresso através de diferentes elementos como produtos, campanhas de marketing, ponto de venda e o logotipo.

Este último é estampado nas etiquetas, em bordados e, em algumas vezes, em estampas e padronagens do próprio produto, mostrando que o mesmo diferencia-se dos demais.

Embora o logo sempre tenha sido um dos elementos centrais de uma marca de moda, o mesmo só começou a ser explorado de forma massiva na década de 2000.

Após a banalização da logomania naquela época, houve um movimento contrário que entendia que os excessos e a ostentação não significavam moda, pois chamavam mais a atenção do que as características do produto em si.

Porém, de alguns anos para cá, marcas extremamente populares do streetwear à Alta Costura tem revivido seus logos de forma ostensiva.

Dos desfiles à moda de rua, peças grifadas e carregadas de símbolos aparecem com força.

Mas no fim, o que esses símbolos realmente carregam? Ou melhor, o que deveriam representar?


O sentido por trás do logo : uma mudança de paradigma no consumo de moda

As cores, as formas e os símbolos que incorporamos à nossa identidade estética dizem muito sobre nós.

Logo, devemos sempre refletir sobre a maneira que nos apresentamos ao mundo, não só no quesito de estilo, mas também em relação às causas e valores que possuímos e expressamos.

Esse cuidado tem uma relação estreita com o consumo de moda, logo, hoje, consumir uma marca que não possua valores sólidos, um propósito e uma visão de mundo coerente com a sua, não faz sentido.

Estamos em uma era onde tópicos nunca antes cruzados com o mundo da moda, como ética e sustentabilidade, hoje se fazem presentes.

Nesta esfera, os consumidores têm refletido mais sobre suas escolhas e optando por marcas que realmente se conectam com seu estilo, lifestyle e visão de mundo.

Diante disso, consolida-se uma mudança de paradigma no consumo de moda.

Portanto, caro leitor, devemos frisar que o consumo de uma marca deve ir além da forma que muitos ainda praticam, ou seja, a escolha apenas pela estética e pela presença de um logo chamativo e sem sentido.

Suas escolhas devem ultrapassar as esferas simbólicas, estéticas e funcionais de um produto, chegando a um patamar não apenas de “moda”, mas de lifestyle, de coerência com seus propósitos e valores pessoais.

E o futuro da logotipia?

Como vimos anteriormente, mudanças significativas tem se estabelecido no consumo de moda.

Marcas que consideram seus clientes apenas consumidores, que priorizam apenas o produto e não seus valores, estão ficando para trás.

Isso ocorre porque a sociedade como um todo está buscando uma nova forma de expressão e de conexão com as marcas que consome.

Toda e qualquer empresa, especialmente na moda, que queira se manter sustentável no mercado terá que refletir sobre seu propósito no mundo e rever suas práticas.

Apenas um produto com um logo chamativo não irá sustentar uma marca sem um discurso significativo. Infelizmente poucas marcas realmente entendem esse aspecto.

A senplo™, por sua vez, vai na contramão de tudo isso.

Desde sua fundação buscou pautar todas as suas criações orientadas a um propósito maior do que simplesmente vender roupas.

Inclusive, não nos consideramos uma marca de moda (no sentido comum da expressão), mas sim uma marca de design e lifestyle.

A partir dos valores de seus fundadores, a marca desenvolveu-se em cima de pilares sólidos éticos, simbólicos e funcionais, com a finalidade de quebrar o status quo da moda masculina.