Introdução

O arquiteto e cineasta Marcio Kogan nasceu em 1952, na cidade de São Paulo, sendo destaque quando falamos de arquitetura no Brasil.

A influência para se tornar arquiteto veio do seu pai, Aron Kogan, pois ele era dono da construtora Zarzur & Kogan. Aron se tornou conhecido sobretudo nos anos 50 e 60 por projetar e construir grandes edifícios em São Paulo.

Primordialmente, durante seus primeiros anos de carreira, Marcio Kogan se dividiu entre duas grandes paixões, a arquitetura e o cinema.

Em parcerias com Isay Weinfeld, seu colega de faculdade, produziu longa metragem, bem como exposições sobre arquitetura e humor.

Além disso, a parceria entre os dois arquitetos também seguiu o campo da arquitetura, pois eles projetaram e construíram pontos importantes da arquitetura da cidade de São Paulo.

Em 1980, o arquiteto funda então seu próprio escritório, que recebeu em 2001 o nome de StudioMK27.

Tal época a empresa passou a ter uma nova estrutura organizacional. Desse modo, o escritório passou a contar com a colaboração de arquitetos na posição de coautores dos projetos.

Atualmente, além do Brasil, o arquiteto atua em países como Uruguai, Chile, Peru, bem como, Estados Unidos, Canadá, Espanha, Portugal, Suíça, Índia, Israel e Indonésia.

Em 2011, Kogan foi selecionado como Membro Honorário do American Institute of Architects (AIA). Logo depois, em 2012, o Studio MK27 representou o Brasil na Bienal de Veneza de Arquitetura.

Desde 2001, quando começou o sistema de cocriação e trabalho cooperativo, seu escritório ganhou mais de 250 prêmios nacionais e internacionais.

Qual movimento estético influenciou o arquiteto?

Marcio Kogan é um grande admirador da geração do modernismo brasileiro. Tal movimento cultural repercutiu fortemente sobre a cena artística e a sociedade brasileira na primeira metade do século XX.

Desse modo ele procura repensar e dar continuidade ao icônico movimento arquitetônico, buscando valorizar a simplicidade formal e sempre dar  extrema atenção aos detalhes e acabamento.

O arquiteto foi influenciado por grandes nomes da arquitetura modernista brasileira, principalmente por nomes como Lina Bo Bardi, Vilanova Artigas e Lucio Costa.

Assim, Kogan passou por várias fases do Modernismo e transitou inclusive no pós-moderno, deixando sua marca na arquitetura.

O Modernismo Brasileiro, que teve como ponto de partida a 1° Semana de Arte Moderna, que aconteceu em São Paulo em 1922, foi o reflexo da efervescência cultural da época.

Sobretudo, na arquitetura, o movimento teve seu auge entre 1930 e 1950. Inegavelmente trouxe enormes transformações na forma de pensar e fazer projetos arquitetônicos.

Como Marcio Kogan desenvolveu seu próprio estilo?

Os trabalhos de Kogan são marcados principalmente pelo cuidado com o detalhamento arquitetônico. Analogamente ele preza pela simplicidade formal, bem como pelo grande conforto climático que desenvolve a sustentabilidade passiva.

Além disso, se destacam o uso de volumes puros, aplicação de elementos tradicionais da arquitetura brasileira e pelo desenho de plantas internas funcionais.

O arquiteto desenvolve suas obras privilegiando materiais brutos, que reforçam a grande ligação do arquiteto com o modernismo brasileiro, como por exemplo, a madeira, concreto e pedras.

Outra característica marcante nas obras de Marcio Kogan é que o arquiteto preserva a linguagem do cinema em seus projetos.

Dessa maneira, as casas que projeta contam com o máximo de ambientes integrados, que valorizam a beleza cinematográfica, e levam a área externa para a interna da casa.

Em seu processo criativo, o arquiteto visualiza as ideias em pequenos pedaços, até que certa hora tudo se forma em sua cabeça. Em outras palavras, isso significa que utiliza da extrema simplificação, reduzindo o projeto o máximo possível.

 “Para idealizar a obra, desenha muito à mão, e no computador também. Desta forma, gasto um bloco de papel manteiga por dia, e eu renderiza os projetos sozinho, para se atentar a cada detalhe.”

Site Oficial

https://www.studiomk27.com.br

Como a obra de Marcio Koganinspira a senplo

•  A valorização da funcionalidade

• A busca por simplicidade mas sem ser óbvio

• O esmero em desenvolver algo genuíno